Querida futura sociedade,
Não estarei viva para dizer-lhes pessoalmente, porém,
suplico: Jamais se esqueçam delas. Elas, que se defenderam, que lutaram pela
importante palavra, “igualdade”. Estas mesmo, as que conquistaram depois de
muita luta o seu voto, cara futura mulher. Foram essas, as que tornaram a eleição
feminina em cargos políticos existente.
Nunca permita esquecer-se
de todas aquelas que foram abusadas, violentadas e criticadas, não se permita
parar de lembrar-se de todas que ficaram em silêncio quando o que mais queriam era
gritar pelo justo. Pense sempre, de forma continua e frequente em todas que criaram
coragem, que gritaram e no mesmo momento em que deixaram uma palavra, um
pequeno protesto surgir no ar, foram censuradas. Mas sempre saiba, que foram
elas o estopim para se criar uma ideologia muito forte, para nascer a vontade
de correr atrás da luta.
Mas quantas foram? Quantas se foram? De quantas o mundo
precisou para se comprometer com o que realmente é igual? Muitas. Foram inúmeras.
Imagine, quantos corpos machucados, estuprados, utilizados como objeto, desvalorizados.
Quantas almas foram feridas? Oprimidas e incomodadas.
Tenha consciência, homem que estiver lendo, do que foi e do
que é no seu tempo ser uma mulher. É carregar uma herança muito pesada nas
costas, carregar uma cultura de muitos estereótipos, tradições absurdas que
precisam de um “basta”. É curvar-se pois o peso nos ombros não diminui, a pressão só aumenta,
e a gente, que é mulher, chega a se arrastar e chorar pelos cantos escondida
pois é muita coisa sozinha para aguentar. além disso, nos ordenam a causar uma boa
impressão, se comportar... Sociedade, deixe com que a mulher se livre por total
dessa herança que pesa toneladas!
-Letícia Magalhães

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